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Perda desconhecida x Perda conhecida

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Perda x Quebra: Qual o principal vilão do Varejo?

Há uma grande dúvida que paira na cabeça do executivo varejista. Qual a maior causa de prejuízo para a minha operação, a perda ou a quebra?

Nos dois casos, há prejuízos financeiros e então forte influência na margem de lucro. Ou seja, um produto que se transformaria em venda, por algum
motivo não aconteceu. Ainda há muitas empresas que não conseguem diferenciar os conceito e misturam os assuntos que de fato são bem diferentes.

A perda, que também é chamada de perda desconhecida é simplesmente aquilo que está fisicamente em falta no inventário e não se sabe a causa dessa
falta do produto. A quebra, que também é chamada de perda conhecida é o que não está fisicamente no inventário, porém se sabe o motivo de não estar.
A perda na maioria das vezes é causada por furto de mercadoria, seja furto interno(causado por funcionários) ou externo(causado por clientes e terceiros),
ou ainda por desvio de mercadoria, também praticado  na maioria das vezes por funcionários e seus co-participantes.
No resultado de quebra há vários fatores que contribuem para que sua causa origem, neste caso há um benefício evidente. Sabemos o motivo e a causa de
acontecer a quebra, como ela é gerada e quais as deficiência processuais envolvidas nesse resultado. Então é possível corrigir com mais facilidade, através de
processos bem definidos, implementados e com políticas fortes de gestão cíclica  e monitoramento constante dos resultados. Na maioria das vezes, melhorar
os indicadores de quebra não requer investimentos e sim mudança de cultura, performance, gestão e engajamento. Além de conseguirmos saber o que gera a
quebra e então excluir seus fatos geradores através de uma disciplina processual, há o benefício de uma renegociação comercial para devoluções de produtos
avariados ou com problemas de validade/ caducidade e qualidade.

A perda é algo que não depende exclusivamente da empresa e seus colaboradores, pois dentro de seus fatos geradores de perdas está um fator externo - cliente.
Há então uma motivação para o furto onde não temos como efetivamente garantir que ele não ocorra. Neste caso, falando de aspectos externos podemos
considerar, pessoas, valores, princípios, família, problemas sociais, políticos, criminalidade, contexto  e localização da Loja, etc. O papel da Prevenção de Perdas
é criar mecanismos, ferramentas e processos para mitigar esse risco, inibindo, dificultando, mas não há como excluí-lo, uma vez que é comportamental. Não há
garantias em um cenário supermercadista de que um cliente não cometerá um furto.

A tarefa da PP é diminuir essa potencialidade e eliminar as vulnerabilidades. Quando então o furto se materializa é gerada a perda ou perda desconhecida.
Para o varejista o maior desafio é controlar a perda e não a quebra. Vejo que a geração da quebra depende muito mais da capacidade organizacional da empresa
do que outros fatores alheios. Já a perda há um mix de responsabilidade e estratégias internas com a preocupação em mitigar os fatos geradores externos - terceiros.
Para um executivo do varejo os dois assuntos influenciam na capacidade de competitividade e lucratividade, porém a perda é de fato o grande desafio.

Última modificação emTerça, 29 Julho 2014 11:21
Marcos Altemari de Oliveira

Administrador de Empresas graduado pela Faculdade Oswaldo Cruz, especialização MBS - Segurança Corporativa pela Universidad de Bayamón (Puerto Rico), Pós Graduação em Segurança Empresarial pela Universidad de Comillas(Spain) e MBA – Gestão de Riscos e Segurança Empresarial pela Faculdade de Administração São Paulo/ Brasiliano & Associados. Especialista em Segurança Empresarial, Gestão de Riscos/ Fraudes Empresariais e Prevenção de Perdas. Coordenador do Grupo de Esrtudos de Segurança Logística da ABSO(Associação Brasileira dos Profissionais em Segurança Orgânica) e Gerente Sênior de Riscos de Multinacional Varejista.

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