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Vendas digitais no mercado de pets têm crescimento de 108% na pandemia

Vendas digitais no mercado de pets têm crescimento de 108% na pandemia
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Preocupação com a aparência e a saúde puxaram as vendas no setor perfurmaria, aponta estudo da Adventures

Durante o isolamento social na pandemia de covid-19, os brasileiros passaram a ter um olhar mais atento para a casa, para si mesmos e ao que eles têm próximo. Isso teve um forte impacto nos hábitos de consumo. Segundo um estudo realizado pela Adventures, aceleradora de marcas, os segmentos de pets (108%), lojas de departamento (55%), casa e decoração (53%) e perfumaria (44%) foram os que tiveram maior crescimento nas compras feitas pelos e-commerce.
 
“Com o isolamento social, os pets passaram a ser os nossos colegas de trabalho e a nossa companhia no dia a dia, o que contribuiu para o crescimento do setor, visto que os consumidores passaram a investir nos pets, com alimentação mais saudável, brinquedos ou até mesmo casinhas para os pets”, afirma Bruno Novaes, sócio e diretor-executivo de estratégia da Adventures.
 
Outra mudança observada foi o aumento de preocupação com a aparência e a saúde. Segundo o estudo, 52% dos consumidores mudaram a sua rotina de beleza e cuidado durante a pandemia, o que provocou um aumento de 44% no setor de perfumaria e de 55% em lojas de departamento nas compras feitas pelos canais digitais.
 
A praticidade e facilidade da experiência online fizeram o comércio digital ganhar uma adesão de 13,2 milhões de consumidores em 2020.  Com isso, o faturamento do comércio eletrônico, que já vinha crescendo no Brasil, chegou a R$ 87,4 bilhões, um aumento de 41% em relação ao ano anterior.
 
“Com as facilidades oferecidas pelo e-commerce, muitos passaram a realizar suas compras de forma virtual por conta de toda praticidade e comodidade. Com certeza, o e-commerce veio para ficar e só tende a crescer nos próximos anos”, explica.
 
Hábitos alimentares
Outra mudança de hábito que deve se tornar permanente, destaca Novaes, é a busca por uma alimentação mais saudável e natural, como a diminuição de ultraprocessados por 43% da população e um consumo maior de alimentos vegetais.
 
Outros 57% disseram que mudaram ou pretendem mudar o estilo de alimentação para ingerir menos carne animal e 44% têm o hábito de consumir alimentos plant-based com alguma frequência.
 
“Por essa razão, muitas marcas também estão passando a investir em campanhas que mostram o hábito de vida equilibrado das pessoas, além de existirem empresas que já oferecem a opção de alimentação das chamadas ‘comida de verdade’ para o público”, afirma Novaes.
 
Como exemplos, ele cita a Liv Up, startup de refeições saudáveis, e a Blue Apron, responsável por entregar um kit com todos os ingredientes selecionados para o cliente cozinhar em casa.
 
Além da pandemia, o aumento da inflação e de alguns itens da cesta básica também afetaram os hábitos alimentares dos brasileiros, principalmente os das classes CDE. Segundo o estudo, 82% mudaram a alimentação por conta do aumento de preços e 53% estão usando marcas de alimento mais baratas.
 
Novos consumidores
Essas mudanças de hábitos têm acontecido por conta da mudança no perfil dos consumidores, que estão exigindo mais posicionamento das marcas em relação ao que elas acreditam, como pautas como inclusão e diversidade.
 
O estudo identificou alguns perfis de consumidores:
 
Minimalistas: Querem reduzir o consumo. Buscam por produtos multifuncionais eficientes.
 
Eco-revolucionários: Otimistas e ecológicos. Defendem o uso de refil e negócios sustentáveis.
 
Dermo-ilusionistas: Relacionam a beleza com o metaverso. Misturam cosméticos, próteses e efeitos digitais, criam as próprias visões da beleza.
 
Super básicos: Cruzando o normcore com beleza, transformam o simples em interessante. Focam em cuidado pessoal e higiene.
 
Utópicos: Encaram a beleza e a felicidade como sinônimos. Preferem produtos sensoriais que ajudam o bem-estar físico e mental.
 
Como identificar o seu público
Segundo Novaes, por meio da análise de dados, é possível conhecer a fundo o público de uma marca, como as preferências, os estilos e localização. Com informações precisas, as empresas podem traçar estratégias assertivas para se comunicar com a sua comunidade de forma clara e objetiva.
 
“O fato é que esses novos perfis ficam ainda mais evidentes quando olhamos para o mercado de beleza. Para evoluir nesse mercado, as marcas precisam pensar em produtos para longo prazo, criar parceria com clientes – afinal, o consumidor quer sentir que faz parte do ecossistema da marca, construir comunidades, agregar valor à sua inovação e trazer o bem-estar como premissa para os seus produtos. Esses são alguns movimentos que veremos daqui para frente”, diz.
 
Imagem: Shutterstock
 
 
Fonte: Mercado e Consumo
Última modificação emSexta, 01 Abril 2022 11:11
Redação - Portal Prevenir Perdas

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